Gilmar voltou a criticar :O O ministro do STF Gilmar Mendes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, criticou nesta segunda-feira, 19, o que chamou de "abusos" em investigações. "Investigação sim, abuso não", defendeu o ministro,
investigação aberta contra os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão e Marcelo Navarro, para apurar se os ministros foram nomeados em troca de uma atuação que pudesse obstruir o avanço da Lava Jato. "O objetivo é constrangê-lo. E constranger o tribunal e constranger a magistratura". Para o ministro, nenhum país deve se organizar, em termos institucionais e econômicos, com o propósito principal de combater a corrupção. "Em algum momento, parece que o País se voltou para isso: \'não posso fazer a reforma da Previdência por que tenho que combater a corrupção\'. Não pode ser assim", disse o ministro.Gilmar afirmou que entende que combater a corrupção tenha se tornado "programa monotemático" para procuradores e promotores, que foram "colocados no centro do debate nacional". Mas, para ele, as investigações começaram a abordar até situações de "mera irregularidade". "Consciente ou inconscientemente, o que se passou a querer era mostrar que não havia salvação no sistema político". Como exemplo, o presidente do TSE citou as doações por caixa 2, uma prática que ele já havia dito que não necessariamente pressupõe corrupção. Defendendo a reforma política em seu discurso, Gilmar disse que não se faz democracia sem política e sem políticos. "Quem quiser fazer política, que vá aos partidos políticos e faça política lá. Não na promotoria, não nos tribunais", disse Gilmar, que ouviu aplausos em seguida.O ministro criticou, ainda, a possibilidade de um governo gerido por juízes e promotores. "Deus nos livre disto. Os autoritarismos que vemos por aí já revelam que nós teríamos não um governo, mas uma ditadura de promotores ou de juízes", disse o ministro, que voltou a ser aplaudido. "Não pensem que nós juízes ou promotores seríamos melhores gestores."Seguindo a crítica, Gilmar falou de benefícios pagos a juízes e promotores, como o auxílio moradia, e disse que "ninguém (do Judiciário) cumpre teto (salarial), só o Supremo". E emendou a frase perguntando: "Vocês vão confiar a essa gente que viola o princípio de legalidade a ideia de gerir o país? Não dá".
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